Mata fechada

A velocidade do oponente ruivo era incrível, ele que aparecia tão próximo que foi capaz de tentar acertar um golpe na barriga da loira angelical e outro no dragão, por conta da tempestade ele não poderia ver, mas era nítido no ar, outros dois dragões. Duas outras feras tão gigantescas que voavam entre os trovões e valsavam entre os raios. Em cima deles haviam demais pessoas, impossíveis de serem contadas de longe, mas aquela quantidade era o suficiente para deixa-los preocupados, pelo menos o ruivo.

— Eu sou Lyanna Aesland, filha do rei carmesim! Sou a sobrinha-neta de Liljah, a princesa do Sol. — Disse com orgulho, era estranho como ela não sofria dano, alias, ele nítida mente acertou a barriga dela, mas não sangrava, era como se fosse uma boneca, o dragão acontecia a mesma coisa. Mas antes mesmo de pensar, eles viam um homem sendo explodido em cima de um dragão, este homem puxou para si aqueles ataques, era uma magia de proteção tão forte que levou a morte daquele ser.

— Eu não posso cair perante você. Proselyte, use toda sua força, ignore quem não esta nos atacando! — Ao dizer isso, um dragão rugia tão alto quanto o próprio vento e o barulho de trovões, nítido para paralisar o oponente. Lyanna movimentou o corpo, para acertar o calcanhar na bochecha do inimigo em um chute rápido, com a aproximação dos corpos.

──── Você não precisa saber meu nome… Pelo menos não o que posso lhe ofertar, sir. ──── O olhar oblíquo mantinha-se apurado em relação às atitudes e movimentos do homem, que se movia tão rápido que parecia cortar o vento. Sequer pudera notar melhor o outro, já que aquele à sua frente estava obstinado a feri-la. Entretanto, sua rainha era o apoio necessário para evitar maiores injúrias ao corpo pequeno que permanecera intocado, aos poucos transformando-se. O que antes ressaltava uma bela mulher, ganhava dois pares de asas gigantes, negras como a noite, as orelhas tornavam-se pontudas, os dentes afiados quanto as palavras que frequentemente escapavam de seus lábios, junto das unhas que assemelhavam-se a garras. O corpo animalesco era coberto por mana, e nem por um segundo perdera a sensualidade do pecado, mesmo naquela forma.

Os olhos se abriram junto do amplo sorriso, não fora necessário mover-se um único passo enquanto as sílabas em uma língua morta eram verbalizadas num murmúrio. O odor pérfido de enxofre abraçara a floresta, assim como a morte que sua fala trazia implícita. O olhar queimava como mil sóis, ali parada, seu poder transbordava. A fraqueza os tomaria, a sanidade seria arrancada de seus corpos, tal como qualquer resquício de pureza. Hei de trazer o Inferno para a terra, ela pensava, preparada para aniquilá-los ou morrer queimando-os. 

D55 + 9 Para dano em área com duração de 03 turnos.